Todos ambicionamos ser felizes. É o desejo de todos os seres humanos, mesmo dos mais rabugentos ou carrancudos. Mas o que significa a felicidade para cada um de nós?
A felicidade é altamente subjetiva e variável de indivíduo para indivíduo. É multifatorial: depende de fatores genéticos, individuais, circunstanciais e externos. Prever o impacto de cada um destes fatores é difícil, mas alguns investigadores afirmavam, há alguns anos, que 50% da nossa felicidade é influenciada por fatores genéticos, 40% pelas nossas ações e intenções, e 10% por fatores externos. Acredito que todos temos um papel ativo na nossa busca pela felicidade, mas não consigo — nem quero — quantificar a influência de cada um destes fatores. Somos todos tão diferentes, com genéticas, ambientes sociais, experiências, contextos e expectativas distintas… A margem de erro é enorme, e creio que estes números redondos servem apenas para vender soluções que “servem a todos”. Como não acredito nisso, prefiro ir experimentando pequenas coisas e observar como me sinto.
Uma das coisas que experimentei, em 2020, graças ao nascimento do meu segundo filho e à pandemia de COVID-19, foi introduzir o exercício físico na minha rotina. Ele sempre esteve presente, de forma intermitente, menos consistente depois do nascimento do primeiro filho. Contudo, decidi que iria fazer exercício todos os dias. TODOS OS DIAS. Durante 100 dias seguidos, sem pausas, fiz mais de 30 minutos de exercício por dia. Houve muitos dias em que não me apetecia, outros em que tive dores e pensei em parar, mas, em todos eles, senti algo especial: uma sensação de realização, de conquista. Numa época difícil para mim e para o mundo, aquele momento fazia-me sentir mais calma, mais feliz, mais forte e capaz.
Este hábito mantém-se até hoje. Já não faço maratonas de 100 dias sem pausas, porque, entretanto, aprendi a ouvir o que o meu corpo precisa (o exercício também nos traz mais consciência sobre nós próprios). Mas faço exercício 5 dias por semana, de forma não negociável, nem que sejam apenas 20 minutos. Naqueles minutos, foco-me exclusivamente no exercício. Na maioria das vezes, a mente desliga, sobretudo quando faço movimentos coordenados, como dança, aulas de força ou body combat. Durante a corrida, concentro-me na respiração, no batimento cardíaco e nos veículos que me acompanham na estrada, deixando pouca margem para os pensamentos vaguearem. É como uma meditação ativa. E nem imaginam o bem que isso me faz.
E tu? Tens algum hábito de exercício físico?
Se não tens, esta semana lanço-te o seguinte desafio: experimenta introduzir 5 minutos de exercício físico, o que mais gostares, na tua rotina. Pode ser dançar, fazer yoga, correr pela casa com os teus filhos ou animais de estimação. Pode ser enquanto esperas que o jantar esteja pronto. Pode ser uma caminhada de 15 minutos perto do teu trabalho. Se conseguires, marca uma hora na tua agenda e vai fazer uma aula do teu desporto favorito: ténis, padel, vólei, natação, pilates… Marca com uma amiga e vão caminhar enquanto colocam a conversa em dia. Se preferires algo mais curto, faz 1 minuto de agachamentos, 1 minuto de abdominais, 1 minuto de lunges, 1 minuto de prancha no chão e 1 minuto de corrida no lugar. Se fizeres estes 5 exercícios, já terás feito 5 minutos de exercício — sem sequer precisar de trocar de roupa. Facilita o processo, torna-o simples.
Tens mais energia de manhã? Então faz logo ao acordar, ainda de pijama. Preferes ao final do dia? Perfeito, aproveita e toma um banho relaxante depois.
Mexe o teu corpo pela tua saúde física e mental.
Aceitas este convite?
Desejo-te ótimos treinos!
Até já,
Olga