Hoje é sábado e chegamos ao fim da primeira semana do advento.
Alguns já estarão ansiosos pelo fim dos almoços e jantares de Natal. É um mês de excessos alimentares que para muitos poderá ser um gatilho de ansiedade acrescida.
Pelo menos para mim é. Sempre foi. Por isso mesmo, fui equipando-me ao longo do tempo com formas de contornar essas ansiedades da maneira mais saudável possível.
E de repente, encontrei algo que me traz sempre momentos de bem-estar e felicidade. Pode ser controverso para muitas pessoas, mas, para mim, fazer exercício é uma espécie de vício. Comecei por fazer alguns minutos por dia e a explorar atividades que não me custavam muito. E que incluíam música bem alta.
Desde spinning até à dança.
Até que comecei a correr. Só comecei a correr mais de 1km aos 26 anos. Até lá era impensável porque sentia-me fisicamente incapaz. Era a minha crença mais antiga. Uma criança asmática aprende a defender-se com esta espécie de justificação. E ninguém a contestou. Nem eu, porque correr cansa e eu não gostava da sensação.
Mas uma pneumonia aos 26 anos e 15 dias internada num hospital trouxeram-me toda a coragem que precisava para abraçar as minhas crenças e desfazê-las em quilómetros. Quando nos safamos de um problema grave de saúde, sentimo-nos gratos. Uma gratidão que nos veste com uma capa vermelha. Tudo se torna possível. Barreiras? Saltamos todas.
E eu saltei. Neste caso, corri. Primeiro 5, depois 10 km. E ainda chegarei aos 21 e, quem sabe, aos 42. Enquanto eu respirar, tudo é possível.
Mas não é sobre o que faço. É o que me traz no final. A mente para naqueles minutos, seja a correr, a dançar, a saltar, a dar pontapés e murros para o ar. Os pensamentos baixam de volume e deixam entrar a endorfina e a dopamina. Esses dois neurotransmissores são os melhores amigos do meu dia-a-dia. E recomendo a todos.
Os benefícios do exercício físico são mais do que conhecidos e divulgados. Mas hoje quero sublinhar os ganhos em saúde mental, nomeadamente a redução de stress e ansiedade. Se funciona comigo, funcionará contigo. É só dar uma oportunidade.
Por isso, hoje desafio-te a fazeres 7 minutos de exercício físico. Escolhe o que mais gostares de fazer. Pode ser andar, caminhar, andar de bicicleta, dançar, seguir um vídeo de YouTube, o que quiseres. Mas experimenta oferecer-te este tempo. Quem sabe não começas a tirar 7, 15 ou 30 minutos por dia para melhorar o teu ânimo e bem-estar?

Aceitas este convite?
Desejo-te bons minutos de exercício!
Até já,
Olga